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Introdução ao Marketing Digital

TCC em Design Visual da Agatha Marques - Parte 1


Algo que sempre me chamou a atenção no design foi o infográfico e a arte de informar conteúdos complexos de maneira leve, simples e prática, fazendo com que os mais diversos públicos consigam compreender. Por isso, para o meu trabalho de conclusão de curso da faculdade me desafiei a desenvolver um infográfico unindo duas áreas de interesse pessoal: música e marketing digital.


No primeiro semestre de 2019 eu me dediquei quase que integralmente ao meu projeto de conclusão de curso de Design Visual da UFRGS. Me propus a desenvolver um infográfico digital interativo que auxiliasse artistas independentes a divulgarem seus trabalhos nos meios digitais, ensinando alguns princípios do marketing digital focados para o meio musical.


Para a realização desse projeto eu estudei diversas áreas, desde comunicação visual, design de informação, design instrucional, ergonomia cognitiva, infografia, até o marketing digital voltado para o music business, com intuito de produzir um conteúdo de qualidade para o material.


Foi um trabalho muito gratificante, de grande crescimento pessoal e profissional para mim, em que obtive um resultado que me agradou muito, por isso decidi dividi-lo em tópicos e compartilhar esse projeto com todos. Inicio com o tópico de estudo sobre marketing digital.

O resultado desse infográfico pode ser visualizado no meu Portfólio Online e caso tenham interesse de ler o artigo na íntegra, podem acessar diretamente clicanco aqui.




INTRODUÇÃO AO MARKETING DIGITAL


Atualmente, os usuários do meio digital são expostos diariamente a um grande volume de informação. Conteúdos (sejam eles relevantes ou não) são produzidos de maneira frenética na web, o que gera um efeito chamado Sobrecarga de Informação (termo criado pelo futurista Alvin Toffler em 1970), e faz com que muitas vezes o usuário não consiga se focar por muito tempo em uma determinada tarefa no meio digital (TREINALAB, 2017). Segundo um estudo realizado pela Microsoft (2015), o ciclo de atenção médio de um consumidor é de apenas oito segundos. Tendo em vista esse fator, muitos sites geram conteúdos relevantes utilizando recursos visuais diferenciados, procurando manter a atenção do leitor.


Um recurso muito utilizado para facilitar com que o usuário/leitor fique em determinada página e consuma um conteúdo por mais tempo é a utilização de infográficos, uma ferramenta visual que une informações em textos curtos e relevantes, geralmente organizada por tópicos, com imagens, pictogramas e/ou ilustrações, facilitando assim, a compreensão de assuntos mais complexos. Segundo Ferreiro, López e García (2008, p.330), “o infográfico, concebido como uma combinação de imagem e texto, opera como um sistema híbrido entre o verbal e o visual, podendo aumentar, consequentemente, a eficácia comunicativa da mensagem”.


Infográficos são considerados de grande utilidade para transmissão de informação, pois, segundo estudo da Visual Teaching Alliance, o cérebro humano pode captar até 36 mil imagens por segundo, podendo processá-las até sessenta vezes mais rápido do que uma informação em formato de texto. De acordo com o Dr. Lynell Burmark (consultor de educação sobre alfabetização visual), “as palavras são processadas pela nossa memória de curto prazo, onde só podemos reter cerca de sete bits de informação; as imagens, por outro lado, vão diretamente para a memória de longo prazo, onde são gravadas de maneira permanente” (GUTIERREZ, 2014).


Beneficiando-se desse movimento de grande geração de informação no meio digital, muitas empresas migraram seus canais de divulgação para esse meio, utilizando uma ferramenta de divulgação que está em grande ascensão atualmente: o marketing digital.


O marketing digital surgiu como uma estratégia, principalmente de desenvolvimento de conteúdo relevante, para auxiliar empresas, marcas e produtos a se aproximarem do seu cliente. Diferente do marketing tradicional, que é baseado em interrupção e faz com que a empresa busque o cliente, sem muito foco definido, o marketing digital, que também é conhecido como marketing de atração, faz com que o cliente em potencial seja atraído de maneira natural até a empresa.



MARKETING DIGITAL


Segundo Patel (2017) a palavra marketing tem origem do termo em inglês market (mercado), portanto o autor o define como sendo uma inteligência estratégica comercial, criada através de estudos do mercado para definir quais produtos ou serviços podem agradar um determinado público. Já Kotler e Keller (2006, p. 4) definem marketing como “a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais, podendo-se dizer que é uma ferramenta que supre necessidade lucrativamente”.


Histórico


A invenção da prensa tipográfica por Guttenberg em 1450 impulsionou o surgimento dos primeiros anúncios comerciais impressos, sendo possível produzir e distribuir textos em massa, pois antes disso todos os textos eram feitos a mão. Apenas em 1605 foi criado o primeiro jornal de distribuição em massa, o alemão Relation aller Fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, e a primeira revista foi lançada em 1741, a norte americana The Gentleman’s Magazine. Esses impressos tornaram-se um espaço interessante para as empresas publicarem seus anúncios.


Desde então o marketing vem evoluindo de acordo com as ferramentas disponíveis, junto da evolução tecnológica. Sendo aplicado em meios impressos nas ruas com folders, posters e outdoors, e também nos primeiros meios digitais via rádio, televisão e telefone. Tendo um novo marco em 1984, quando a Apple lançou o Macintosh, o primeiro computador pessoal, e em 1994, 10 anos depois, quando foi enviada a primeira mensagem automatizada em larga escala, podendo ser entendido como o primeiro e-mail marketing (ou o primeiro spam), tendo alcançado milhares de usuários (CARVALHO, 2017).


Já o termo Marketing Digital foi utilizado pela primeira vez em 1990, com o surgimento da web 1.0 (internet como conhecemos hoje). Apesar de permitir que o usuário encontrasse a informação desejada, o modelo de marketing que era possível aplicar ainda era muito semelhante ao tradicional, pois não havia funcionalidade de interação do usuário com o sistema, nem a possibilidade deste opinar sobre o conteúdo que estava consumindo. A criação dos primeiros banners clicáveis no Yahoo em 1993 e dos sistemas de busca do Google e do Yahoo em 1998, começaram a criar o modelo conhecido hoje. Pode-se dizer que em 2006 o marketing digital começou a expandir-se, pois o tráfego de buscas online chegou ao marco de 6.4 bilhões em apenas um mês (CARVALHO, 2016).


Atualmente o marketing digital tem se tornado uma importante ferramenta de divulgação para as empresas, pois segundo Kotler et al. (2017), o perfil dos consumidores tem mudado e cada vez mais eles se importam com as opiniões dos outros em relação a marcas e produtos. A internet, principalmente as redes sociais, facilitou essa troca de experiência entre consumidores, sendo comum usuários compartilharem suas experiências e avaliações em seus perfis sobre determinada marca, produto ou situação.


Princípios do Marketing Digital


Patel (2017) define o marketing digital como sendo um conjunto de estratégias aplicadas no ambiente digital com o objetivo de gerar resultado tanto em âmbito online quanto offline para empresas, marcas e pessoas. Essas ações podem ser implementadas por meio de diversas ferramentas, como SEO, mídia paga e e-mail.


Seus principais objetivos são:

  • Adquirir clientes;

  • Desenvolver uma marca;

  • Conectar-se com o público-alvo.

O autor defende ainda que esse tipo de marketing pode ser aplicado por qualquer tipo de empresa, independentemente do seu tamanho ou verba para investimento.


Segundo Carvalho (2016), o marketing digital se apropria de avanços tecnológicos para rastreamento do consumo e comportamento de usuários na internet, aplicando métricas e análises aos dados obtidos para criar estratégias eficazes que liguem as instituições a esses usuários. Mas de acordo com Ryan e Jones (2009), o marketing digital não tem seu ponto de foco apenas na tecnologia, mas principalmente nas pessoas. Nesse sentido, ele se assemelha ao marketing tradicional: trata-se de pessoas (profissionais de marketing) que se conectam com outras pessoas (consumidores) para construir relacionamentos e, por fim, impulsionar as vendas.


Entender o comportamento de consumo das pessoas, e como elas se relacionam com outros indivíduos, marcas e novas tecnologias é um ponto crucial para liberar o potencial do marketing digital. Já a tecnologia tem um papel fundamental por proporcionar novas ferramentas que permitem conexões entre essas pessoas de maneiras mais diversificadas e relevantes.


A Resultados Digitais (2016b) diferencia o marketing digital do tradicional pelo fato de haver o emprego de diferentes canais online e utilização de métodos que permitem análise e mensuração de resultados em tempo real, sendo mais vantajoso para as empresas que o utilizam. Carvalho (2016) traz ainda as vantagens para o consumidor nos processos de compra, que podem acessar a informação desejada a qualquer momento, e não apenas quando as empresas decidem fornecê-la.


A Escola do Marketing Digital (2017) cita sete principais diferenças entre o marketing digital e o marketing tradicional, apresentadas na Tabela a seguir:



Apesar das inúmeras vantagens da utilização do marketing digital por instituições, Kotler et al. (2017) defende que o marketing digital não deve substituir o marketing tradicional, e sim que ambos devem coexistir, através de estratégias com papéis permutáveis, ao longo do caminho do consumidor. No estágio inicial da relação empresa-consumidor o marketing tradicional pode possuir um importante papel ao promover a consciência e do interesse do consumidor pela marca, sendo o marketing digital fundamental para os passos seguintes da manutenção dessa relação, promovendo um relacionamento mais próximo a ele.


Atualmente a internet possibilita que o consumidor tenha acesso a um grande número de informações sobre o produto ou serviço de que ele necessita ou deseja de maneira fácil e rápida. É muito comum a busca por informações quando o usuário ainda está estudando a melhor maneira de resolver seu problema, ou quando necessita comparar os produtos que resolveriam a sua necessidade, ou até mesmo quando já sabem exatamente qual produto necessitam. A utilização de estratégias de marketing digital e segmentação de público-alvo pelas empresas, facilita sua chegada até esse consumidor de maneira natural, fornecendo conteúdos relevantes e gerando um relacionamento com um possível cliente (RESULTADOS DIGITAIS, 2016b). Coincidindo com essa linha de pensamento, Kotler et al. (2017) afirma que com o aumento da mobilidade e da conectividade, os consumidores atualmente dispõem de um tempo limitado para examinar e avaliar marcas, tendo uma tendência para que a capacidade de atenção seja cada vez mais reduzida. Por isso, as empresas precisam utilizar estratégias para se destacar dos demais, conectando-se com o usuário de maneira significativa e rápida, levando uma mensagem inesperada até ele, o que, segundo o autor, pode ser realizado intensificando a comunicação fortalecendo a presença no canal e melhorando a interface com o cliente.


Segundo Kotler et al. (2017) uma das estratégias utilizadas pelo marketing digital para entender o comportamento de compra do consumidor é descrever o caminho percorrido por ele antes de realizar uma compra até a tomada de decisão por comprar determinado produto ou escolher certo serviço. Um dos modelos mais utilizados para descrever esse caminho é o chamado AIDA (atenção, interesse, desejo e ação). Entretanto, esse modelo precisou ser reformulado, devido a evolução das tecnologias e com a mudança do comportamento de consumo. Com isso o autor criou o modelo cinco As (assimilação, atração, arguição, ação e apologia), que mapeia desde o primeiro contato do consumidor com a marca, até a etapa de pós-compra. As etapas desse modelo são melhor especificadas na Tabela a seguir.


Modelo cinco As de mapeamento do comportamento do consumidor




Ferramentas


De acordo com Patel (2017) um dos pontos mais importantes do marketing digital é entender a diferença entre as ferramentas disponíveis e saber utilizá-las da melhor maneira. É importante também manter-se sempre atualizado, pois no universo digital tudo está em constante mudança. Nos tópicos a seguir serão apresentadas as principais ferramentas para criação de estratégias de comunicação no marketing digital e algumas de suas funcionalidades.


Marketing de conteúdo


O Marketing de conteúdo é a principal ferramenta do marketing digital. Kotler et al. (2017) o define como:


“uma abordagem que envolve criar, selecionar, distribuir e ampliar conteúdo que seja interessante, relevante e útil para um público claramente definido com o objetivo de gerar conversas sobre esse conteúdo”.

Peçanha (2015) complementa essa definição afirmando que é uma maneira de engajar o público-alvo atraindo potenciais clientes, envolvendo-os e gerando valor para a marca através de conteúdos relevantes e valiosos. Resultados Digitais (2016a) adiciona ainda que é uma estratégia promovida sem explicitar a marca, criando conteúdos que atraem o público-alvo de maneira espontânea e o auxilia a resolver seus problemas. Isto faz com que a marca se torne autoridade e referência sobre determinado assunto.


Segundo Rez (2016) o conteúdo da marca visualizado pelo usuário no dia-a-dia faz com que seja criada uma imagem sobre a empresa, podendo ocupar um espaço valioso na mente das pessoas. Se o conteúdo for relevante para este usuário, pode-se criar uma relação usuário-marca e este se tornar um cliente fiel à marca.


Segundo Resultados Digitais (2016a), os principais objetivos do marketing digital são:

  • Aumentar a visibilidade na internet: O algoritmo de busca do Google evoluiu e atualmente fornece melhor rankeamento a sites que fornecem conteúdos de qualidade e com o SEO bem programado.

  • Aumentar a interação com a marca: O conteúdo criado pode ter um alto grau de engajamento e servir como um canal de interação com o usuário, seja para tirar dúvidas, enviar sugestões ou gerar publicidade espontânea por meio de compartilhamento nas redes sociais, por exemplo.

  • Nutrir uma base de leads: Os conteúdos fornecem informações aos potenciais clientes, que inicialmente podem não estar preparados para realizar a ação da compra, mas com os conteúdos necessários e de qualidade fornecidos pela empresa ao decorrer do tempo, posteriormente podem se transformar em um consumidor.

  • Reduzir o custo de aquisição de clientes: Quando a empresa investe em marketing de conteúdo, é comum atrair potenciais clientes e clientes de maneira orgânica.

  • Ganhar confiança do público e adquirir propagadores da marca: Produzir conteúdo gratuito e de qualidade faz com que a marca e seus serviços tenham maior valor agregado, fazendo com que se torne autoridade no mercado e, consequentemente, com que os consumidores possuam maior confiança na marca.

  • Melhorar a experiência pós-venda: Uma boa experiência com pós-venda é um diferencial, sendo fundamental para que o cliente continue utilizando os serviços da empresa por um maior tempo. Pode ser aplicado através de envio de mais conteúdos relevantes, uma oferta de um treinamento ou uma central de ajuda.

Para que o marketing de conteúdo seja bem elaborado e se possa visualizar seus benefícios, é fundamental compreender a metodologia Inbound. Essa metodologia é a essência do marketing digital e marketing de conteúdo, visando captar o interesse das pessoas de forma não invasiva ou interruptiva, e sim sutilmente.


Ela baseia-se em quatro pilares:

  • Atrair - por meio de conteúdo relevante atrai visitantes interessados no assunto;

  • Converter - tem o objetivo de transformar os visitantes em leads, estreitando a relação usuário-marca, transformado-os em potenciais vendas;

  • Vender - quando percebe-se que o lead está interessado no produto ou serviço, é o momento de fechar a venda; e

  • Encantar - a relação usuário-marca não termina após a compra, sendo fornecido todo o suporte necessário e a continuidade de envio de conteúdos relevantes para o cliente.

Mídias sociais


O termo “mídias sociais” é utilizado para classificar softwares e serviços disponíveis na web que permitem que os usuários se conectem para conversar, compartilhar conteúdos e participar de qualquer forma de interação social. Essa interação pode ser feita através de texto, áudio, imagens, vídeos e outras mídias, de maneira individual ou em qualquer combinação. Existem muitos modos que as interações podem ocorrer nesses canais, podendo ser através da geração de novos conteúdos, recomendação e compartilhamento de conteúdos já existentes, relatos de experiências e releases sobre produtos, serviços e marcas (RYAN; JONES, 2009).


Alguns dos canais de mídias sociais mais conhecidos, como Twitter, Facebook e LinkedIn permitem conexões próximas entre usuários, organizações e distribuidores de notícias, permitindo que cada um siga as atividades do outro, viabilizando trocas de experiências virtuais. Uma estratégia comum entre os profissionais de marketing digital é utilizar uma combinação de diferentes canais dessas mídias para direcionar o tráfego para o website da empresa, promovendo seu conteúdo e se comunicando com seus clientes atuais e em potencial nas diversas plataformas (HUBSPOT, 2016).


Atualmente as mídias sociais tornaram-se um espaço muito vantajoso na aplicação das estratégias do marketing digital para empresas, pois é visível a crescente presença de usuários nesses canais. Podendo haver clientes em potencial para diversos ramos de negócio, essas mídias tornam-se uma importante ferramenta de relacionamento das marcas com seus consumidores. Ademais, esses canais permitem a utilização de promoções para usuários segmentados, podendo-se promover a marca e seu propósito, bem como os produtos e conteúdos para um público-alvo bem definido (RESULTADOS DIGITAIS, 2016b).


Diferente do que é comum no marketing tradicional, nas mídias sociais os usuários não possuem uma boa aceitação sobre os anúncios pagos das empresas caso esse os interrompa de maneira abrupta enquanto estão consumindo conteúdo. Um exemplo são os anúncios TrueView do Youtube, que podem ser pulados após cinco segundos da visualização do usuário. Esse formato de anúncio gerou um precedente de que é preciso fisgar a atenção do consumidor nos primeiros cinco segundo, caso contrário, ele se torna descartável (KOTLER et al., 2017).


SEO


Segundo Hubspot (2016), SEO, sigla de Search Engine Optimization (Otimização de Mecanismo de Busca), é definido como a prática de otimizar um site, conteúdo ou página web para torná-lo mais relevante e aumentar as chances de que este apareça nas primeiras páginas dos mecanismos de busca online. Quanto melhor for o SEO do site, maior a chance de aumentar seu tráfego orgânico.


Com a evolução do algoritmo do Google, principal buscador web, estar nas primeiras páginas de pesquisa tornou-se complexo, existindo mais de 200 fatores que podem influenciar nesse processo. Diariamente, cerca de 100 bilhões de buscas são realizadas no Google, por isso, uma empresa estar bem ranqueada com as melhores palavras-chaves que possuem relação ao seu mercado é de extrema importância. O marketing digital, aliado ao marketing de conteúdo tem importante papel junto às estratégias do SEO, pois faz com que o site se torne um importante ponto de conteúdo pertinente sobre determinado assunto, consecutivamente, aumentando sua relevância nas ferramentas de busca (RESULTADOS DIGITAIS, 2016b).


Blog


O Blog é uma ferramenta essencial para o marketing digital por três fatores (PEÇANHA, 2015):

  • Possui um ampla gama de possibilidades e de conteúdos que podem ser abordados;

  • Possibilidade de conversão de leads e geração de novas oportunidades de negócio;

  • Com o SEO bem aplicado, aumenta a relevância do site nos mecanismos de busca online. Empresas que publicam conteúdos em blog com certa frequência possuem cerca de 3,7 vezes mais acessos ao mês.

Segundo a Resultados Digitais (2016b), para um blog ser atrativo para o público e relevante para os mecanismos de busca, alguns fatores são fundamentais para sua estratégia:

  • Pautas bem planejadas: Os temas abordados precisam gerar valor para o público-alvo.

  • Regularidade nas postagens: Possuir um ritmo de produção de conteúdo é interessante, para que o público saiba quando poderá ter acesso a conteúdos inéditos sobre um tema que o interessa.

  • Otimização para o Google: Como falado anteriormente, seguir as boas práticas de SEO, para que o conteúdo seja facilmente encontrado pelo usuário no mecanismo de busca.

  • Diversidade no tipo de comunicação: O texto é a forma mais comum para publicações em blogs, mas conteúdos que possuam infográficos, podcasts ou vídeos são mais atrativos e dão mais riqueza à informação.

Conteúdos Ricos


Conteúdos ricos são materiais que possuem um conteúdo tido como mais valioso, informativo, educativo e aprofundado que conteúdos postados em blogs. Esses materiais são oferecidos pelas empresas e o usuário o obtém através da troca de informação do seu endereço de e-mail, podendo ser em um formulário contido no próprio site, blog ou Landing Page atribuída a empresa. É uma importante ferramenta para aumentar a lista de contatos de usuários interessados no mercado da empresa, bem como mostrar a relevância que a empresa possui no ramo de atuação (PEÇANHA, 2015). Resultados Digitais (2016b) complementa afirmando que esses conteúdos são importantes para criar uma relação de confiança com o potencial cliente e manter o lead aquecido, preparando-o para a abordagem de venda, sendo populares materiais como ebooks, webinars, kits, templates, infográficos e planilhas.


Segundo Carvalho (2016), alguns dos materiais mais comuns tidos como conteúdo rico são:

  • Ebook: Conteúdos semelhantes ao publicado em blogs, mas com maior profundidade de informação e com diagramação e layout diferenciados, sendo atrativos ao público-alvo. Fornecido ao público geralmente como um arquivo no formato PDF.

  • Infográfico: Conteúdo visual que apresenta informações complexas de forma simples, possui uma grande possibilidade de compartilhamento voluntário por meio dos usuários. Fornecido ao público geralmente como um arquivo no formato PDF ou arquivo de imagem.

  • Webinar: Palestras transmitidas ao vivo via internet com assunto pré-determinado, em que o público pode participar fazendo perguntas e dando sugestões. É informado ao público um link exclusivo para participação da palestra, junto a data e horário exatos da transmissão.

Email marketing


O email marketing é definido como o envio de mensagens comerciais a um grupo de pessoas, através do email. Geralmente possui conteúdo que aborda promoções, aquisição de novos negócios, compartilhamento de novos conteúdos e solicitações de venda, com o intuito de construir lealdade e confiança à empresa, produto ou marca (RESULTADOS DIGITAIS, 2016b).


Ryan e Jones (2009) complementam afirmando que é uma importante ferramenta para a comunicação com o cliente no marketing digital. Para ser eficiente, é preciso que os usuários que estejam presentes na lista de email tenham aceito previamente receber informações sobre a empresa, além da abordagem e do conteúdo da mensagem serem pertinentes, para que não seja considerado um spam.


Segundo Carvalho (2016), a criação de uma lista de email de usuários interessados no mercado de atuação da empresa é fundamental para o bom funcionamento dessa ferramenta. Para criar essa lista é importante que no site e/ou blog haja formulários de captura de email, bem como implementar estratégias de oferta de conteúdos ricos. Peçanha (2015) afirma ainda que essa ferramenta oferece muitas vantagens para a empresa, por fornecer baixo custo e previsibilidade de alcance, sendo possível ter o conhecimento exato de quantas pessoas receberam, abriram e clicaram na mensagem enviada.



Conta pra gente o que tu achou desse conteúdo. E se ficou interessado, continua ligado aqui no nosso blog que amanhã iremos compartilhar a continuação, falando sobre Comunicação visual e design de informação




BIBLIOGRAFIA


CARVALHO, Henrique. 7 Elementos Indispensáveis na Nova Era do Marketing Digital: Repense sua estratégia antes que seja tarde demais. 2016. Disponível em: <https://medium.com/@viverdeblog/7-elementos-indispens%C3%A1veis-na-nova-era-do-marketing-digitalrepense-sua-estrat%C3%A9gia-antes-que-seja-79c5e6802cfa>. Acesso em: 24 de outubro de 2018.


CARVALHO, Mateus. Origem e evolução do Marketing: por quais mudanças o marketing passou?. 2017. Disponível em: <https://marketingdeconteudo.com/origem-e-evolucao-domarketing/>. Acesso em: 22 de outubro de 2018.


Escola do Marketing Digital. [INFOGRÁFICO] 7 Principais Diferenças entre Marketing Tradicional e Marketing Digital. 2017. Disponível em: <https://blog.escoladomarketingdigital.com.br/infografico-7-principais-diferencas-entre-marketingtradicional-e-marketing-digital/>. Acesso em: 26 de outubro de 2018.


FERREIRO, María Dolores Calvo; LÓPEZ, María Luisa Otero; GARCÍA, Xosé López. El despertar en la prensa escrita: el caso de La Voz de Galicia. In: Estudios sobre el mensaje periodístico. Madrid: vol. 14, p. 329-344, 2008.


GUTIERREZ, Karla. Shift Disruptive Elearning - Shift Studies Confirm the Power of Visuals in eLearning. 2014. Disponível em <https://www.shiftelearning.com/blog/bid/350326/studies-confirm-the-power-of-visuals-in-elearning>. Acesso em: 22 de agosto 2018.


HUBSPOT. Digital Marketing - The ultimate introduction to digital marketing: what it is, how to do it well, and where it’s heading. 2016. Disponível em: <www.hubspot.com/digitalmarketing> Acesso em: 28 de outubro de 2018.

KOTLER, Philip. et al. Marketing 4.0. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.


KOTLER, Philipp; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. São Paulo: Person, 2006.


PATEL, Neil. O que é Marketing Digital? Aprenda Agora a Definição, Como Fazer e Muito Mais! 2017. Disponível em: <https://neilpatel.com/br/como-fazer-marketing-digital-o-guiapasso-a-passo/>. Acesso em: 30 de setembro de 2018.


PEÇANHA, Vitor. Marketing de Conteúdo – Tudo que você precisa saber para se tornar um especialista no assunto. 2015. Disponível em: <https://marketingdeconteudo.com/marketingde-conteudo/>. Acesso em: 29 de outubro de 2018.


Resultados Digitais. Marketing de Conteúdo. 2016a. Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/marketing-de-conteudo/>. Acesso em: 26 de outubro de 2018.


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RYAN, Damian; JONES, Calvin. Understanding digital marketing : marketing strategies for engaging the digital generation. London and Philadelphia: Kogan Page, 2009.


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